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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Glória apenas a Deus

“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.” Gl 6.14


Os homens não foram criados para receber adoração, portanto, o evangelho não tem a preocupação de prestar culto a homens. Cristo morreu e ressuscitou para nos dá salvação, apesar de ser Deus. A proposta do evangelho não é renovar a nossa própria dignidade ou majestade. O homem não é fundamentalmente bom, por isso, o evangelho não está preocupado em exaltar a bondade humana, ou fazê-lo acreditar em sua própria bondade. O evangelho, pela graça de Deus, faz o homem bom por lhe conceder o Espírito Santo e o faz mais parecido com Cristo. Desta forma não devemos dar glória a nós mesmos, mas ao Deus de infinita graça e bondade. A única vanglória de nossas almas deve repousar “na cruz de Jesus Cristo.” Criar um evangelho para si próprio é uma tentação freqüente entre homens religiosos – mas ela é mortal. Isso parece inconcebível, receber a mensagem de Cristo crucificado e ressuscitado e transformá-la em uma mensagem de glória a nós mesmos, mas isso acontece todos os dias. Constantemente dizemos para nós mesmos: “como eu preciso de amor, honra e ser servido!” Então olhamos para um Jesus que ama, dá honra e serve tão belamente e afirmamos: “Ele é a resposta para as minhas necessidades.” Quando pensamos assim deixamos de adorar a Jesus para usá-lo. Se o alvo da nossa vida torna-se ter um significado pessoal, então transformamos Jesus em um meio para nos dá significado. Se desejamos poder e sucesso, especialmente na igreja, o Espírito Santo torna-se uma ferramenta perfeita. Liberdade da culpa, eternidade com paz, e segurança eterna são apenas algumas das promessas do evangelho capazes de provocar a nossa carne pecaminosa. No entanto, tudo isso é uma perversão sutil do evangelho. Porque, apesar de ter uma linguagem religiosa, a base de tudo isso é o amor a si mesmo. Ao invés de crucificarmos o mundo, passamos a exaltá-lo sob um pretexto cristão. Ao invés de nos desligarmos do mundo, nos tornamos mais ligados a ele usando Cristo como cola. Quando o cristianismo assume este formato, em algum momento Cristo se torna uma decepção. Este empreendimento produz mais miséria. O verdadeiro evangelho nos mostra que sermos honrados é o que menos importa, honrar a Deus deve ser o centro da nossa vida. Portanto, a busca por auto-estima (amor próprio) não é amiga do evangelho, mas sua rival. Buscar construir uma auto-estima não é um progresso, mas um regresso ao lamaçal da glória pessoal. Quando ajudamos as pessoas a resgatarem a sua glória e grandeza pessoal, estamos recuperando o que o evangelho tenta demolir. Portanto, devemos mudar o foco, ao invés de ajudar a pessoa a se estimar mais, devemos ajudá-la a estimar mais a Jesus Cristo, isto sim, constitui um progresso verdadeiro e duradouro. Ajudar a pessoa a estimar mais a Deus é o objetivo final do evangelho e a única transformação que realmente transforma a condição humana.

Texto original

Boasting in the Lord Alone

by John Henderson, PhD.

Traduzido e adaptado por Pr. Carlos

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