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sábado, 4 de agosto de 2012

DESENVOLVENDO MATURIDADE ESPIRITUAL EM OUTRAS PESSOAS

Resumo da palestra proferida pelo  Pr. Randy Patten – formado pela Cedarville College (1971) e Grace Theological Seminary (1975). Em  1974 tornou-se pastor da pequena Igreja Batista Westridge em Fot Wayne. Indiana.  Randy é o Diretor Executivo da NANC (National Association of Nouthetic Counselors) da qual faz parte desde 1986.

Randy defende a tese de que os melhores conselheiros são os que são bons aconselhados. Portanto, baseado no texto de Efésios 4.11-16 ele nos traz algumas características do líder espiritual por isso Deus chama homens capacitados (vs. 11) cujo principal propósito é aperfeiçoar os santos (vs. 12), para que tenham o padrão de Cristo (v. 13). Esses líderes não podem ter instabilidade teológica (vs. 14), buscando sempre falar a verdade em amor (vs. 14). Qual é o resultado disto, deste conjunto de fatores? Crescimento do corpo (vs. 16).
Como o crescimento espiritual ocorre?

Ele começa pelo despojar/revestir através da mudança na maneira que pensamos (Ef 4.22-24). Para isso Deus usa as provações para trabalhar em nossas vidas (Tg 1.2-4,12), e assim devemos nos apoderar daquilo que aprendemos através das provações para ajudar outros a crescerem (2 Co 1.3,4).
Alguns perguntam, e quanto aos problemas, divergências de ponto de vista típicas no ministério pastoral?

Precisamos entender que eles são aguardados, e nos proporcionam a oportunidade de ensinar e modelar. Eles nos dão a oportunidade para vermos quem irá concordar com Deus e de aprendermos com as circunstâncias.
Como promover um crescimento que glorifica a Deus? Para isso, Patten pega como base o ministério do próprio Senhor Jesus que falava de formas diferentes a três grupos de pessoas:

a)      Os que ele chama de multidão (Mc 5.1/Lc 19.48). Esse era o grupo de pessoas a quem Jesus falava por meio de parábolas, mas que nem todos entendiam o que ele falava. Para Patten, esse grupo hoje seria o correspondente aos frequentadores do Culto Público. Como poderíamos trabalhar com este público? Esse público é principalmente atingido pela pregação pública das Escrituras, portanto, a melhor de atingi-lo é nos esmerando na pregação da palavra de Deus.

b)      Os que ele chama de os doze, ou seja, os doze discípulos (Mc 4.33,34). Para esse grupo Jesus explicava mais detalhadamente suas parábola, tirando-lhes dúvida e esclarecendo princípios que eles não haviam entendido. Poderíamos chamar, na Igreja Presbiteriana , esse grupo de o conselho da igreja e sua junta diaconal, ou seja a liderança mais próxima dos pastores. Portanto, com estes grupos os pastores deveriam ter mais proximidade e mais encontros de estudos e orações.

c)      Os que ele chama de os três (Mc 5.21, Mt 26), referindo-se a Pedro, Tiago e João que era o grupo dentro do pequeno grupo com quem Jesus tinha um contato mais íntimo, mais individual. Talvez esse grupo, hoje, tenha a ver com as pessoas a quem o pastor aconselha individualmente ou pede aconselhamento, ou até mesmo faça as duas coisas.

Dentro do desenvolvimento da maturidade espiritual das pessoas precisamos aprender como Cristo lidou com as falhas, e o exemplo de Pedro é o mais emblemático, registrado em Lucas 22.31-34, 61-62 e João 21. Como Jesus lidou com a imaturidade de Pedro? Ele o alertou da sua possível queda, quantas vezes nós conselheiros também vemos que nossas ovelhas estão andando por caminhos tortuosos e não as alertamos? Quando pastores percebem que suas ovelhas estão fazendo escolhas e tendo atitudes que desagradam a Deus, devem alertá-las de destino previsível. Mas Jesus lhe deu esperança, deixando claro que rogaria por ele, mas depois de sua falha Jesus o confronta com um olhar, deixando claro a sua reprovação para com a atitude de Pedro. Por fim, Jesus o desafia a servir novamente.
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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ACONSELHANDO EM CASOS DE ABUSOS

Resumo da palestra proferida pelo Pr. Bill More na conferência da ABCB em 01/08/12

O que é abuso?

É o tratamento impróprio dirigido à outra pessoa quando se utiliza poderes naturais, privilégios ou vantagens. O abuso pode ser físico, sexual ou emocional. Ele se dá principalmente contra crianças ou contra o cônjuge.
No que se refere ao abuso infantil é preciso ficar claro que há uma diferença entre abuso e disciplina legítima, pois, hoje em dia, as duas coisas tem sido confundidas. Para que um  pai saiba que não está cometendo abuso físico ele precisa ficar atento a algumas recomendações bíblicas: 1) A bíblia autoriza a correção com castigo físico (chamada de vara), como parte da educação de filhos (Pv 22.15; 13.24; 23.13-14; 29.15). 2) A Bíblia não autoriza a vingança pessoal, portanto, os pais nunca devem bater nos filhos porque querem se vingar de algo que fizeram, a proposta da vara é educativa, não punitiva (Rm 12.19). 3) A disciplina deve ser feita em amor. 4) A disciplina jamais deve ser aplicada quando os pais estão irados.
E com relação ao cônjuge? A Bíblia não autoriza o uso do castigo físico para correção do cônjuge, e se isso acontecer não há nenhuma problema em o cônjuge denunciara o abuso físico às autoridades constituídas.

Como aconselhar aquele que foi abusado?

É necessário ter certeza de que a pessoa está falando a verdade, pois algumas pessoas usam de falsas acusações para se vingarem, criando até mesmo falsas memórias. Alguns sentimentos como falsa culpas (a vítimas se considera culpada por ter sido abusada), medo, visão errada de submissão e confusão mental são comuns a pessoas que foram ou estão sendo abusadas. Para isso é necessário nas primeiras sessões de aconselhamento uma extensivo coleta de dados. Depois de ser estabelecido um diagnóstico mais preciso o conselheiro deve tomar os seguintes passos:

Em primeiro lugar, ajude a vítima do abuso a lidar biblicamente como o que aconteceu com ela.  Ela precisa encarar honestamente os seus próprios pecados (algumas vítimas de abuso tendem a justificar seus pecados com base no que aconteceu a ela), e também encarar honestamente o pecado do outro contra ela. Em segundo lugar, dê esperança mostrando que a vítima do abuso pode superar o que aconteceu pela graça de Deus. Para isso é necessário apresentar uma perspectiva bíblica do sofrimento e que Deus é soberano no sofrimento. Deus permite o sofrimento para nos trazer libertação de outros, para construir nosso caráter, para nos equipar a confortar outros, para mostrar a obra Dele, para nos ajuda a valorizar a esperança que temos em Cristo. Em terceiro lugar, é preciso que a vítima perdoe o seu agressor. Sim ela deve buscar perdoar, mas isso não significa que ela não possa denunciá-lo às autoridades, mas sim que ela não guardará mais amargura, ódio e desejos de vingança em seu coração. Em quarto lugar, ajude a vítima de abuso a vencer pecados comuns a pessoas que passaram por essa experiência. Em geral, vítima de abuso tendem a cair em alguns pecados como raiva, reprodução do mesmo pecado (ela se torna um abusador), amargura, ira contra Deus, medo, ansiedade, autopiedade, justiça própria. Alguns ídolos também se alojam no coração de vítimas de abuso como desejo de segurança, controle, temor dos homens, auto-indulgência.


ACONSELHAMENTO PRÉ-CONJUGAL

Palestra proferida pelo pastor Brant Aucoin. Congresso da ABCB em 02/08/2012.


Porque devemos fazer o aconselhamento pré-conjugal?

1 - O casal precisa ser biblicamente orientado sobre o casamento.
2  - Ajuda o casal a focalizar no casamento e não na cerimônia.
3 - Alguns problemas precisam ser resolvidos antes do casamento e não depois.
4 - As visões erradas a respeito do casamento precisam ser expostas.
5 - Ele é preventivo e pode evitar alguns problemas que poderiam ocorrer após o casamento.

Elementos do Aconselhamento pré-nupcial.

1 - São necessárias de 08 a 10 sessões.
2 - Leituras adicionais.
3 - Habilidades para resolver biblicamente os problemas são desenvolvidas.

O que precisa ser analisado ao se casar com alguém?

1 - Se a pessoa tem características de um salvo em Cristo Jesus (casamentos entre crentes e não crentes não é permitido nas escrituras).
2 - Se a pessoa está amadurecendo espiritualmente.
3 - Se a pessoa tem a habilidade ou interesse em resolver biblicamente seus problemas.

Curriculo de um aconselhamento Pré-Conjugal:

1 - Questões básicas do casamento.
- Criação do casamento.
- Propósito do casamento.
- Deixar pai e mãe/ unir à esposa.
2 - O papel do marido.
3- O papel da esposa.
4 - Comunicação.
5 - Perdão.
6 - Educação de filhos.
7 - Santificação progressiva.
8 - Finanças.
9 - Sexualidade.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

PALESTRA IV - A DOR DA PORNOGRAFIA

Palestra proferida pelo Pr. Bill Moore - formado em lingüística e comunicação transcultural pela Missão Novas Tribos. Bacharel em Estudos Bíblicos. Mestre em Aconselhamento, em Ministério e em Divindade pelo Luther Rice Seminary. Doutor em Ministério pelo Luthor Rice Seminary. Certificado pela NANC (National Association of Nouthetic Counselors) e da BFC (Biblical Counselingo Foundation).

Ao aconselharmos uma pessoa envolvida com a pornografia precisamos estar cientes de que há três problemas chaves com relação a isto: idolatria, mentira e narcisismo. Alguns passos precisam ser dados para ajudar a pessoa escravizada pela pornografia,e a primeira delas é um entendimento bíblico do sexo.

1 - O sexo é para ser uma benção.

Deus criou o sexo como sendo bom. Para que serve o sexo?
- Para expressar a unidade do pacto matrimonial (Gn 2.24, 4.1).
- Para gerar filhos (Gn 1.27-18, Sl 127).
- Para o mútuo prazer do marido e da esposa (Pv 5.18, Dt 24.5; Hb 13.4; Ct 1-2, 13-16; 7.1-10).

Deus projetou tanto o homem como a mulher para que dirijam todas as suas energias sexuais para o cônjuge (Mt 5.27-28). No entanto, muitos homens que se envolvem com a pornografia tentam se desculpar estreitando o conceito de adultério. Sim, ver pornografia é adultério, pois Jesus deixou claro que o padrão de Deus começa com a pureza do coração (mente), sendo assim, como um dos alvos da pornografia é a masturbação, esse fato por si só viola o desígnio de Deus para o sexo, pois o sexo foi criado para ser experimentado em um relacionamento conjugal onde o alvo é promover prazer para o outro.

2 - A imoralidade sexual é muito destrutiva.

A pornografia afeta o relacionamento com Deus, pois trata-se, primeiramente, de um pecado contra Deus. (Sl 51.4, 1 Co 6.15-20). Portanto, como todo outro pecado, ela nos separa de Deus. Mas a pornografia também afeta o relacionamento com o cônjuge pois quando um dos cônjuges tem contato com ela, acaba violando o pacto do casamento, pois rouba do cônjuge o que é direito dele; ter a sua sexualidade voltada para ele, e apenas para ele. A pornografia afeta a influencia daquele que a acessa. Temos um claro exemplo bíblico, o exemplo de Davi ( 2Sm 13 16-20; 1 Rs 11) que começou o seu pecado ao olhar para a  mulher desejada. Um homem que se envolve com pornografia fica moralmente incapaz de liderar a sua família. E por fim, a pornografia afeta o próprio usuário dela, pois atrai mais pecados (Tg 1.14-15), podendo levar a doenças e até mesmo  à morte (Pv 6.25-35; 5.21-23).

3 - Como aconselhar alguém que luta contra a pornografia.

O conselheiro deve levar o aconselhado a fazer um pacto de ficar o mais longe possível da tentação (Pv 5.8). Ele deve, literalmente, fugir daquilo que o tenta. É preciso também evitar racionalizar o pecado (que mal há, não estou prejudicando ninguém). Olhares lascivos também devem ser evitados (quando o olhar leva a pessoa a ter pensamentos sexuais). Mas o conselheiro deve ser firme e levar ao aconselhado a tomar atitudes drásticas  como cortar tudo o que o leva a pecar (TV a Cabo, internet, revistas e vídeos), é o que chamamos de princípio da amputação (Mt 18). Uma relação de prestação de contas também é fundamental para ajudar a pessoa a vencer a pornografia.
O conselheiro deve propor tarefas práticas que ajudem seu aconselhado a se aproximar de Deus (oração, leitura da Palavra, servir em um ministério na igreja).

4 - E quanto ao cônjuge? 

Pessoas que descobrem que seu cônjuge acessa pornografia tendem a perder a confiança, por isso a parte que está envolvida na pornografia deve ser honesta e prestar contas ao cônjuge também. O conselheiro deve, então, ajudar ao cônjuge traído a entender que o problema da lascívia não é devido à sua inadequação sexual. E a parte traída deve encontrar esperança em Deus (Jr 17.5-8). O marido precisa mostrar um arrependimento sincero e a esposa deve perdoá-lo. Mas nunca podemos nos esquecer que Deus oferece esperança e perdão (1 Co 6.9-11; Sl 51, 32).

PALESTRA III - ANTROPOLOGIA BÍBLICA

Palestra proferida por David Servey - Diretor de Missões da Faith Baptist Church em Lafayette, Indiana, USA. Serve também como diácono e conselheiro bíblico na mesma igreja. O irmão David está trabalhando na sua tese de doutorado pela Escola de Divindade Evangélica sediada pela Igreja Batista de Chicago.

Para entendermos bem o homem precisamos de um entendimento bíblico da antropologia/ doutrina do homem. Um entendimento fundamental que é necessário ter é que Deus criou o homem com o propósito de ser o representante visível do Deus invisível na terra. Sendo assim, misturar antropologia bíblica com antropologia secular produz maus resultados e má compreensão de quem o homem é, por isso, bons conselheiros precisam de um conhecimento bíblico de quem o homem é e também do pecado. Além disto, é necessário também um entendimento bíblico do que constitui a vida humana normal, e assim rejeitar os métodos seculares de definir o comportamento humano normal. Quem é o homem?

1 - O homem é um ser criado (Gn 1-2).

1.1 - O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, portanto, ele é diferente dos animais (hoje é comum se referir aos seres humanos como animais). Como imagem e semelhança de Deus o homem tem domínio sobre toda a criação (Gn 1.26,28). Mas o homem também foi criado com um propósito que é ser representante visível do Deus invisível na terra  (Gn 1.26) e por isso deve glorificar a Deus em tudo o que fizer (1 Co 10.31).

1.2 - O homem foi criado um ser material, isso significa que o homem foi criado de uma forma que pode ser observado pelos sentidos, e que ele é sustentado pelo mundo material.  Portanto, a matéria não é má em si mesma pois tudo o que foi criado (incluindo a matéria) foi criado muito bom (Gn 1.31). Não podemos nos esquecer, também, que Cristo habitou em um corpo material (Cl 1.19; 2.9). Desde que o homem foi criado um ser material e desde que parte material do homem era boa, várias coisas são verdadeiras: 1) A morte separa o material e espiritual (único evento que pode provocar isso), 2) A morte é um estado não natural para o homem, 3) A ressurreição é o único evento que pode vencer a morte. Por isso, podemos chegar a algumas conclusões no referente ao corpo: 1) O corpo não pode ser punido, nem humilhado, 2) O corpo não justifica os nossos pecados, 3) O corpo não é a parte mais importante da vida, 3) Não seriamos mais santos se não tivéssemos corpo, 4) O nosso corpo também foi afetado pelo pecado, mas apesar disso, ele não justifica os nossos pecados. 5) Devemos exercer uma boa mordomia do corpo respeitando-o e controlando-o,e dessa forma glorificar a Deus por meio do nosso corpo.

1.3 - O homem foi criado espiritual, entender isso é essencial para a vida humana, pois isso nos distingue dos animais. Portanto, o homem é composto da união de duas partes, sendo que da parte imaterial o coração é o seu centro (que também é chamado nas escrituras de alma, espírito, mente, força, homem interior).

O entendimento disto traz grandes implicações para o aconselhamento, pois os conselheiros não podem se esquecer que no aconselhamento lidamos com o homem como um todo (parte material e imaterial).


2 - O homem é uma criatura caída.

Como criatura caída ele procura dar sentido a vida sem Deus, pois devido ao pecado, a imagem de Deus foi completamente desfigurada, por isso, é impossível para o homem caído conhecer ou agradar a Deus. Como criatura caía o homem busca colocar o foco em si mesmo, e não em Deus. Mas a queda gerou também efeitos nos relacionamentos, seus relacionamentos estão corrompidos e também defeituosos.

3 - O homem é uma criatura redimível.

Por isso, mesmos que ele não saiba o homem tem uma necessidade de conhecer a Deus, e perseguir os seus propósitos. Em Cristo tanto o homem interior (pensamentos, sentimento, desejos, crenças) quanto o homem exterior (comportamentos pecaminosos podem ser mudados, e então ele pode crescer no seu amor para com Deus e para com o próximo.




PALESTRA II - O PAPEL QUE O ENGANO DESEMPENHA AO ESTIMULAR A IDOLATRIA


Essa palestra também foi proferida pelo Pr. Brent Aucoin onde ele expôs baseado em Gênesis capítulos 1, 2 e 3 como se dá o processo de aceitação do engano no coração humano.O texto de Gênesis que relata a origem da queda nos mostra que ela se deu devido à crença que Adão e Eva tiveram na proposta enganosa de Satanás nos mostrando, assim, que a essência do engano consiste em acreditar em um outro caminho que não seja o de Deus. Quando a serpente afirma: "foi assim que Deus disse..." ela esta colocando a dúvida no coração de Eva e Adão e aí nós vemos a essência da dúvida que é propor que existe um outro caminho. A cobra duvidou que Deus era bom, que Deus não deu tudo o que Adão e Eva precisavam, ela os levou a acreditar que precisavam do fruto para serem mais felizes. A crença na proposta de engano levou o primeiro casal a ter desejos descontrolados e consequentemente à desobediência. O que, então, acontece é que eles sentem angústia, vergonha, ansiedade e medo. Contemporaneamente podemos dizer que esta desobediência tem levado muitas pessoas terem comportamentos de "síndrome de pânico (medo), vitimização, culpa, tristeza profunda (depressão). Quais são, então, as atitudes tomadas por eles? Eles tentam se esconder, se ocultar de Deus. Nos dias de hoje, nós nos tornamos mestres em cobrir a nossa vergonha. Como fazemos isso? tentamos justificar os nossos pecados. Qual é o resultado de se andar no caminho do engano? a morte.


O que vence o engano?

Primeiro, é preciso ficar claro que Deus é o único que pode lidar com a nossa vergonha e culpa, em Cristo Jesus, ele demonstra isso em Gn 3.21. A partir de então, começa o processo de andar com Deus, quando entendemos a verdade da Palavra e abandonamos o engano das mentiras de Satanás, então cremos nesta Palavra que promove em nós o desejo de agradar a Deus e não a nós mesmos, resultando em um comportamento de obediência que promove alegria e paz, e por isso, somos capazes de andar abertamente sem precisar nos esconder. Qual é o resultado de se andar no caminho de Deus? a vida.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PALESTRA I - ILUSTRANDO O CORAÇÃO



A palestra foi proferida pelo Pr. Brent Aucoin - pastor da equipe da Faith Baptist Church em Lafayette, Indiana, USA. Presidente e professor do Seminário da Faith Baptist Church. Superintendente do Colégio e o Instituto para a Comunidade. Engenheiro, formado pela Perdue University. Mestre em Divindade pelo Central Baptist Seminary. Mestre em Teologia pelo Trinity Evangelical Divinity School e doutorando pelo Baptist Bible Seminary.

O preletor fez uma exposição do Salmo 73, fazendo dele uma ilustração de como o coração pecaminoso reage às circunstâncias. Dos versículos 2 a 16 o salmista revela o que estava em seu coração ao ver a prosperidade dos perversos. E as conclusões que fez foram:
  
  1. Sobre a vida: Para o salmista a vida consiste de viver para as coisas vistas, ele tem uma visão temporal da vida e de uma prosperidade baseada na prosperidade temporal (bens, saúde, posição social).
  2. Qual o foco da vida do salmista até então? O foco do salmista está em si mesmo, em seus prazeres e querer e não na glória de Deus.
  3. Como ele interpreta a vida? O Salmista tem uma interpretação temporal da vida. Ele se esquece da eternidade.
  4. Quais são os resultados sentimentais e comportamentais? amargura, opressão, ira, desespero.
Mas a partir do versículo 17 tudo muda. O salmista afirma: "até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles.˜ Como  podemos entender essa expressão santuário de Deus? Podemos entender como presença de Deus, a Palavra da verdade de Deus sobre o fim do perverso e de sua prosperidade financeira, e essa verdade está expressa na Bíblia. Ou seja, mesmo que as circunstâncias não mudem é possível ter uma reação diferente a elas quando a Palavra de Deus muda as nossas mentes. O salmista tem a sua visão de mundo substituída pela visão de mundo da Palavra. Que impacto essa mudança na visão de mundo gera  no salmista?

  1. Se antes Deus era mau, agora Deus é bom
  2. A vida não se resume a este mundo, mas no mundo vindouro.
  3. A vida consiste de viver  as coisas não vistas e eternas.
  4. Qual o resultado dessa mudança de visão nos sentimentos e comportamentos do salmista?  Alegria, paz, exaltação de Deus e proclamação de Suas verdades (ele se torna um evangelista).
Conclusão

É possível que o nosso coração seja mudado pela Palavra mesmo que as circunstâncias não mudem. É possível que tenhamos mudanças sentimentais e comportamentais pela simples mudança mental provocada pelas Escrituras. O ímpio deixou de prosperar? Sabemos que não. Mas mesmo assim o salmista mudou a sua reação a esta circunstância, porque a Palavra o fez ver tudo isso de uma perspectiva diferente. Viva a suficiência das Escrituras!

Pr. Carlos


CONFERÊNCIA DE ACONSELHAMENTO - PRIMEIRAS IMPRESSÕES




Segunda (30/07) foi o primeiro dia da Conferência de Aconselhamento Bíblico promovida pela ABCB. Como sempre algo a destacar é a organização do evento e simpatia com que os organizadores recebem os conferencistas. A Conferência trata-se, na verdade, de um curso, onde a cada ano os conferencistas vão progredindo no ensino e assim são "promovidos˜ a um estudo mais profundo no próximo ano. Sendo assim, são oferecidos por ano 04 módulos, sendo que o módulo anterior é pré-requisito para se cursar um módulo seqüencial. Como funciona? O conferencista iniciante começa pelo módulo I e com o passar dos anos ele vai cursando os módulos seqüenciais nos próximo anos. Por exemplo, se ele fez este ano o módulo I em 2013 cursará o módulo II, 2014 o módulo III, 2015 módulo IV. 

Quem pode fazer o curso? Qualquer crente em Cristo Jesus pode fazer o curso. O curso não é específico para pastores ou líderes, mas para todos os membros de igreja evangélica. Tendo em vista que a tarefa para aconselhar é uma tarefa de todo o corpo de cristo (Cl 3.16). Nos próximos dias vou dar mais detalhes das palestras proferidas. Abaixo segue o  conteúdo de cada um dos módulos: 

MÓDULO I
  • O que é aconselhamento bíblico?
  • O que faz o aconselhamento bíblico ser bíblico?
  • Elementos chaves do aconselhamento.
  • Entendendo o coração.
  • Alvos e qualificações do conselheiro.
  • Provações e sofrimento.
  • Preocupação e ansiedade.
  • Doutrina do crescimento espiritual.
  • Verdades básicas de Deus a respeito do casamento.
  • O papel do marido.
  • O papel da esposa.
  • Princípios bíblicos de sexo no casamento.
  • Questões nas filosofias de aconselhamento.
  • Compreendendo o perdão bíblico.
  • Ferramentas da comunicação.
  • Modelo bíblico para discipulado de filhos.
  • Organizando dados.
  • Ajudando aqueles que sofrem de depressão.

MÓDULO II
  • Aconselhando pessoas com doenças orgânicas.
  • Aconselhando pessoas com diagnósticos psicológicos. 
  • Entendendo o coração.
  • Entendendo a vontade de Deus.
  • Provações sofrimento.
  • Não apenas aconselhamento: uma visão para a igreja toda.
  • Abuso alcoólico
  • Entendendo os pecados sexuais.
  • Culpa e arrependimento.
  • A dor da pornografia.
  • Prioridades bíblicas.
  • Como lidar com a ira biblicamente.
  • Desequilíbrio químico.
  • Como  vencer o mal.
  • Lidando com o passado biblicamente.
  • Amor próprio, auto-estima.

MÓDULO III
  • Ilustrando o coração.
  • O papel que o engano desempenha ao estimular a idolatria.
  • Antropologia bíblica.
  • A dor da pornografia.
  • Prática do aconselhamento.
  • Aconselhando casos de abusos.
  • O caminho em provérbios. 
  • Aconselhamento pré-nupcial.
  • Construindo a maturidade espiritual com outros.
  • O seu valor excede ao de jóias preciosas.
  • Como ela pensa em seu coração.
  • Aconselhando pessoas envolvidas com o homossexualismo.
  • Prática do aconselhamento.
  • Preparando-se para a primeira sessão de aconselhamento.
  • Tarefas que maximizam mudanças.
  • Ouvir, uma habilidade chave do conselheiro.
  • Aconselhando mulheres vítimas de violência doméstica.
  • O caminho em provérbios.
  • Construindo maturidade espiritual nos outros.
  • O seu valor excede ao de jóias preciosas.
  • Como ela pensa em seu coração.
MÓDULO IV
  • Aconselhando pessoas envolvidas com o homossexualismo.
  • Prática do aconselhamento.
  • Preparando-se para a primeira sessão.
  • Tarefas que maximizam mudanças.
  • Ouvir, uma habilidade chave do conselheiro.
  • Aconselhando mulheres vítimas da violência doméstica.
  • O caminho em provérbios.
  • Construindo a maturidade espiritual nos outros.
  • O seu valor excede o de muitas jóias.
  • Como ela pensa em seu coração.



quarta-feira, 11 de julho de 2012

VENCENDO A ANSIEDADE


Baseado em Fp 4.6-9
Paulo recomenda que não sejamos ansiosos, mas não apenas isso. Ele ajuda-nos a preencher o vazio conduzindo-nos a atitudes positivas: oração, pensamentos e atos corretos. A melhor forma de eliminar um mau hábito é substituí-lo por outro bom, e poucos hábitos são tão perniciosos como a ansiedade, sendo a oração o principal meio de combatê-la. Há duas características que compõem a vida cristã: simplicidade e permanência. As orientações bíblicas para se vencer os problemas são simples, não são complexas, você não encontrará um número esgotáveis de volumes para estudar sobre ansiedade para vencê-la, nem tão pouco se deparará com uma complexidade de termos e propostas que só especialistas entendem e precisam traduzir para você, mas ser simples não significa que não seja profundo, a verdade de Deus é simples e profunda, e há muita coisa complexa que é superficial.  Mas também a vida cristã é permanente, baseada na rotina e na disciplina. Portanto, as orientações que o texto nos dá sobre vencer a ansiedade são orientações calcadas na simplicidade e permanência, faça dessas orientações um hábito em sua vida.
1 – Para vencer a ansiedade devemos orar corretamente.
O pecado da murmuração acompanha muito o pecado da ansiedade, o ansioso tem dificuldade em agradecer. Petições = pedidos específicos feitos a Deus ante as dificuldades. Em lugar de orarmos a Deus com sentimentos de dúvida, desalento ou descontentamento, devemos aproximar-nos Dele com atitude de gratidão. A promessa bíblica é que nenhuma provação estará acima da nossa capacidade de suportá-la.
 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.” (1 Co 10.13)
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito... para serem conformes à imagem de seu Filho...”
“... depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.” ( 1 Pe 5.10)
Esses são princípios chaves da vida cristã, memorize-os, e interprete tudo o que acontece à luz destes princípios. Saiba que todas as dificuldades estão dentro do propósito de Deus. 
A gratidão nos liberta do medo da ansiedade. Ser grato é uma expressão de real confiança de seu problema no controle soberano de Deus. Olhe para o passado e comece a agradecer a Deus por todas as coisas boas que ele já te Deus.
Aqui há uma promessa: calma e tranquilidade interior aos crentes que oram com atitude de agradecimento, uma “paz que excede todo o entendimento”, ela é de origem divina, excede o intelecto, análise e intuição humanos. Nenhum conselheiro humano pode dá-la você, porque é uma dádiva de Deus em resposta à gratidão e confiança.
O desafio da vida cristã não é eliminar cada situação desconfortável de nossas vidas, mas sim confiar em nosso Deus soberano, sábio, bondoso e poderoso em todas as circunstâncias. Coisas que podem nos pertubar como: autoimagem, como os outros nos tratam, onde vivemos, onde trabalhamos, podem ser fonte de força, não fraqueza.
Como discípulos de Cristo temos que encarar o fato de que  vivemos em um mundo imperfeito, e, portanto, teremos aflições. Há uma parábola de John Bunyan  chamada “Guerra Santa”, nela John ilustra como essa paz protege o coração do crente da ansiedade, dúvida, medo, angústia. Nela o Sr. Paz de Deus foi nomeado para vigiar a cidade Alma do Homem. Enquanto o Sr. Paz de Deus governou, Alma do Homem usufruiu de harmonia, felicidade, satisfação e saúde. Entretanto, o Principe Emanuel foi embora, porque Alma do Homem o ofendeu. Consequentemente, o Sr. Paz de Deus renunciou  à sua posição, desencadeando o caos. O crente que não vive confiante na Soberania de Deus carecerá de Sua Paz e será deixado no caos de um coração atormentado. Mas nossa constante confiança no Senhor nos permitirá agradecer-lhe em meio às provações, porque temos a paz de Deus atuando para proteger nossos corações.
Durante a Segunda Guerra Mundial, um cargueiro alemão apanhou um missionário, cujo navio havia sido torpedeado. Ele foi posto no porão. Ele estava tão apavorado que nem conseguia fechar os olhos, então começo a orar e lembrou-se do Salmo 121 que diz: “o meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme.” Então ele orou da seguinte maneira: “Senhor, não há realmente, qualquer utilidade em ambos ficarmos acordados esta noite. Se tu vais ficar de sentinela, agradeço-Te por eu poder dormir.” (O Homem Correto. Paul S. Rees.). Ele substituiu o medo e a ansiedade por uma oração de gratidão e a consequente paz de Deus permitiu que ele dormisse, cultive esse hábito de ser mais grato.
O foco da ansiedade esta em:
1 – Aquilo que eu não tenho: a ansiedade é ingrata.
2 – Aquilo que pode acontecer: ficamos divididos entre as realidades do hoje e o medo do amanhã.
3 – Eu mesmo: a ansiedade é egoísta, ela pergunta: como isto me afeta? Que proveito vou tirar disto? Eu sei que isso pode ajudar outras pessoas, mas que resultado vai ter para mim?
O foco da gratidão está em:
1 – Aquilo que já tenho: a gratidão diz “obrigado Senhor porque sou capaz de servir aos outros, obrigado porque o Senhor supre as minhas necessidades.
2 – Aquilo que Deus promete que acontecerá: a gratidão liga-se à fé. Liste as suas preocupações e coloque uma promessa bíblica ao lado de cada uma delas.
3 – Deus e o próximo: a gratidão está centrada em outas pessoas. Ela se disciplina para manter o foco em Deus e o próximo. A gratidão pergunta: como posso agradar a Deus  e  honrá-lo? O que posso fazer para ajudar o meu próximo?
2 – Vença a ansiedade pensando corretamente.
Além de orarmos devemos adotar novas formas de pensar. O que as Escrituras nos dizem sobre nossos padrões de pensamento antes, durante e após a conversão?
Antes da conversão
Rm 1.28 “Por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes.”
2 Co 4.4 “... o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos.”
Ef 4.18 “obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem.”
Antes da conversão temos a mente pervertida e corrupta, não escolhemos o que é bom, somos espiritualmente cegos, por isso não praticamos o que é bom, e nem conseguimos perceber o mal que fazemos.
Quando nos convertemos
Rm 1.16 “o poder de Deus para a salvação.”
Rm 10.17 “a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus.”
A salvação começa pela mente quando o indivíduo entende a seriedade do pecado e a obra de Cristo na cruz. A salvação requer uma reação  inteligente: confiança na verdade revelada de Deus, que se comprova na vida como verdadeira e racional. A fé cristã não é um salto no escuro, ela é baseada em fatos, ela é lógica, ela envolve reflexão. Quando a nossa A fé é pequena em vez de controlarmos os nossos pensamentos, somos controlados por eles. Na verdade a ansiedade é a ausência de pensamentos corretos.
A ansiedade resulta da pouca reflexão na direção certa. Se você entender quem é Deus e entender Seus propósitos, promessas e planos, isso o ajudará a não sentir ansiedade. A fé é uma reação racional à verdade revelada. Quando nos entregamos a Cristo nossas mentes são transformadas, os padrões divinos são injetados em nossos padrões de pensamento. Mas como vivemos em um mundo caído, as nossas mentes precisam continuamente ser renovadas e purificadas. Então o que devemos pensar?
a)      Coisas verdadeiras: A verdade é encontrada na Palavra de Deus, apoiar-se no que é verdadeiro requer meditar na Palavra.
b)      Coisas nobres: tradução literal respeitável, refere-se àquilo que é digno de respeito. Devemos dar importância a tudo o que é sagrado e digno de adoração.
c)      Coisas retas: retidão, honradez. Nossos pensamentos devem estar em perfeita harmonia com o padrão eterno, imutável e divino de nosso Santo Deus, como está revelado nas Escrituras. O pensamento reto está em harmonia com a santidade de Deus.
d)     Coisas puras: moralmente limpo, sem impureza.
e)      Coisas afáveis: amável, agradável, cordial. Isso pressupõe que devemos valorizar e aceitar tudo quanto é bondoso e afável.
f)       Coisas louváveis: reputação, de boa reputação, associa-se como um todo que é respeitável no mundo.  Isso inclui respeito pelos outros.
O que Paulo quer dizer é: se há tantas coisas excelentes e dignas ao nosso redor, concentre-se nelas. A concentração nas virtudes cristãs afetará o seu julgamento sobre o que assistir ou ler e transmitir. Isso porque o seu pensamento afeta os seus desejos e comportamento.
Toda vez que você perceber que a mente está perambulando em um território proibido (e isso vai acontecer) mude o rumo do seu pensamento. Peça a Deus para ajuda-lo a focalizar naquilo que é bom.
3 – Para vencer a ansiedade devemos agir corretamente.
Todo esse pensamento cristão deve conduzir a um fim prático. As palavras de Paulo falam de ação repetitiva e contínua.  É o mesmo que se diz a alguém que está aprendendo um instrumento, Paulo está falando de rotina. A Palavra de Deus cultiva atitudes, ações e pensamentos cristãos, que evitam que as provações e tentações nos dominem. Tg 1.22 nos alerta sobre sermos ouvintes e não praticantes. Um exemplo de atitude correta está na forma de vencermos o medo: com atitudes de amor. Veja o guadro abaixo:
O CAMINHO DO HOMEM  (MEDO)
O CAMINHO DE DEUS (AMOR)
O Amor procura oportunidade para dar.
O medo mantem-se alerta para as possível conseqüências de um envolvimento.
O amor entrega a sua vida pelos outros.
O medo não assume riscos pessoais para ajudar os outros.
O amor tudo crê.
O medo é altamente desconfiado.
O amor nunca acaba.
O medo gera maior medo – falhando no cumprimento de responsabilidades, você sentirá maior medo por temer as conseqüências de ter agido com irresponsabilidade.
O que as pessoas podem fazer contra mim?
O que eu posso fazer pelo meu próximo?
Leva sempre à suspeita
Confia em Deus e nas pessoas.
Falha nos afazeres do dia a dia porque está muito preocupado com o amanhã.

Está muito preocupado com as coisas de  hoje a ponte de não ter tempo para se preocupar com as coisas de amanhã.
Gera mais medo. Promove falhas em assumir falhas em assumir responsabilidades, pois tem medo das consequências. A pessoa começa a agir de forma responsável.
Gera um amor ainda maior, traz paz e alegria e satisfação e maior amor e dedicação ao trabalho.

É auto protetor.
Protege o outro.

Evita pessoas.

Se movimenta em direção ás pessoas.

Um grande exemplo de vitória sobre a ansiedade vemos na vida de  George Muller que já desde o início tomou a posição que manteria durante todo o seu ministério, de nunca revelar suas necessidades às pessoas, e de nunca pedir dinheiro de ninguém, somente de Deus. Ao mesmo tempo, decidiu que também nunca entraria em dívida por motivo algum, e que não faria reservas, nem guardaria dinheiro para o futuro. Durante mais de sessenta anos de ministério, Müller iniciou 117 escolas que educaram mais de 120.000 jovens e órfãos; distribuiu 275.000 Bíblias completas em diferentes idiomas além de grande quantidade de porções menores; sustentou 189 missionários em outros países; e sua equipe de assistentes chegou a contar com 112 pessoas. Seu maior trabalho foi dos orfanatos em Bristol, na Inglaterra. Começando com duas crianças, o trabalho foi crescendo com o passar dos anos, e chegou a incluir cinco prédios construídos por ele mesmo, com nada menos que 2000 órfãos sendo alimentados, vestidos, educados e treinados para o trabalho. Ao todo, pelo menos dez mil órfãos passaram pelos orfanatos durante sua vida. Só a manutenção destes órfãos custava 26 mil libras por ano. Nunca ficaram sem uma refeição, mas muitas vezes a resposta chegava na última hora. Às vezes sentavam para comer com pratos vazios, mas a resposta de Deus nunca falhava. No decorrer da sua vida, Müller recebeu o equivalente a sete milhões e meio de dólares, como resposta de Deus. Além de nunca divulgar suas necessidades, ele tinha um critério muito rigoroso para receber ofertas. Por mais que estivesse precisando (pois em milhares de ocasiões não havia recursos para a próxima refeição), se o doador tivesse outras dívidas, se tivesse evidência de que havia alguma atitude errada, ou alguma condição imprópria, a oferta não era aceita. Um relato seu do dia 28 de novembro de 1838 afirma: “Este foi talvez, o dia mais marcante até agora! Quando orava esta manhã, cri firmemente que o Senhor enviaria ajuda, embora tudo parecesse tão escuro quanto às aparências naturais. Ao meio dia, como de costume, reuni-me com irmãos e irmãs para oração. Apenas um shilling (dezessete centavos) havia entrado e tudo, exceto dois pence (sete centavos), já haviam sido gastos. Tinhamos tudo que era necessário para o jantar nos três orfanatos, mas nem no orfanato para criancinhas nem no orfanato para meninos havia pão suficiente para o chá ou dinheiro para comprar leite. Unimo-nos em oração, entregando a situação nas mãos do Senhor. Enquanto orávamos, bateram à porta, e uma das irmãs saiu. Após orarmos em viva voz, eu e os dois irmãos continuamos, por um pouco, orando em silencia. Eu elevava o meu coração ao Senhor, pedindo-lhe que fizesse um caminho para nosso escape. Perguntei ao Senhor se havia mais alguma coisa que eu pudesse fazer em boa consciência, além de esperar Nele, para que pudéssemos ter comida para as crianças. Ao fim, ficamos em pé. Eu disse: “Certamente Deus enviará ajuda.” As palavras não haviam ainda saído totalmente de meus lábios quando percebi uma carta repousando sobre a mesa, a qual havia sido trazida enquanto orávamos. Nela havia dez libras para os órfãos. À noite passada, um irmão me perguntou  se o dinheiro disponível para os órfãos, neste momento em que as contas seriam fechadas, seria tanto quanto o fora na oportunidade anterior. Minha resposta foi que seria tanto quanto ao Senhor agradasse. À manhã seguinte este irmão foi movido a enviar dez libras para os órfãos, as quais chegaram após eu ter saído de casa, e foram, por conta de nossas necessidades, remetidas imediatamente para mim. Ele também enviou dez libras para serem divididas entre mim e o irmão Craik para comprar novas roupas.”
Pr Carlos