Páginas

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Aconselhamento Bíblico não é simplista demais?


Se quando se fala de simplista refere-se à sofisticação da Psicologia ou da Psiquiatria, com seus termos e métodos complexos, então, sim, ele é mais simples. Mas isso não significa que ele é simplista. Uma linguagem simples não significa, necessariamente, um pensamento simples, e da mesma forma uma linguagem complexa não indica profundidade de pensamento. O aconselhamento biblico, na sua essência, é simples porque procura respostas para os problemas do pecado nas Escrituras, tendo em vista que em nenhum outro lugar há remédio, para uma cura tão urgentemente necessária. Mas isso não significa que o conselheiro bíblico encara as dificuldades da vida como sendo pequenas, elas de fato são enormes – mas não são impossíveis de se entender e capazes de impulsionar o crescimento. A Palavra de Deus possui as verdades simples e ao mesmo tempo profundas que transformam as pessoas em verdadeiras imagens de Jesus Cristo. Aqueles que assim entendem e crêem na suficiência das Escrituras, terão este fundamento como padrão. Pedro nos diz: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo (por intermédio das Escrituras) daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” 2 Pe 1.3. O aconselhamento bíblico fornece a única base segura e superior para ajudar pessoas, e por isso, não pode ser chamado de simplista. Chamar o aconselhamento bíblico de simplista é dizer que o próprio Deus tem um caráter simplista. Muito pelo contrário, o conselheiro bíblico é aquele que vai até as profundezas da alma de uma pessoa – em todos os sentidos. Somente o homem que possui as ferramentas de Deus (Sua Palavra e Espírito), pode ir até as profundezas do coração humano. O fato de o Conselheiro Bíblico estar mais comprometido com Deus e com as Escrituras, mais do que com o aconselhado já é uma base segura para a resolução de problemas.

Pr. Carlos

sábado, 18 de julho de 2009

Será que as disciplinas seculares não têm nada a oferecer ao Aconselhamento Bíblico?


A princípio “não”, pois as Escrituras fornecem o sistema para o Aconselhamento Bíblico. As disciplinas seculares – história, antropologia, literatura, sociologia, psicologia, biologia, economia, ciências políticas, etc – podem ser úteis de forma secundária para o conselheiro bíblico, mas elas não fornecem um sistema de compreensão e aconselhamento às pessoas. Como elas podem ser úteis? Quando elas descrevem pessoas; nos desafiam pela maneira como buscam explicar; orientar e mudar pessoas; no entanto, elas não são suficientes pois procuram explicar o homem sem considerar Deus e o relacionamento do homem com Ele. Isso não significa que incrédulos não possam ser brilhantes na observação do homem. Eles geralmente são críticos e teóricos hábeis, mas ao não reconhecerem Deus como criador de todas as coisas acabam se desviando do ângulo certo. Portanto, as disciplinas seculares não devem exercer qualquer função no aconselhamento bíblico. Mas, reinterpretadas radicalmente, elas podem ter um papel ilustrativo, fornecendo exemplos e detalhes que ilustram o modelo bíblico e acrescentam algo ao nosso conhecimento. Elas também podem exercer uma função provocativa, nos desafiando a desenvolver nosso modelo em áreas que ainda não pensamos ou que temos negligenciado ou construído de forma errada. Neste sentido, Jay Adams afirma que a Psicologia, por exemplo, pode ser útil de duas formas: a) para o propósito de ilustrar, de preencher com dados específicos as generalizações; b) para contestar as errôneas interpretações humanas das Escrituras, forçando assim o estudioso a reestudar a Bíblia. Deus é o perito quando se trata de pessoas, e Ele falou e agiu para nos mudar e habilitarmos outros a mudar. Os articuladores seculares têm uma perspectiva distorcida e um olhar apressado que só pode ser útil para o conselheiro bíblico quando for radicalmente reinterpretado de acordo com a metodologia de aconselhamento revelada na Escrituras.

Pr Carlos