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segunda-feira, 22 de março de 2010

O Compromisso dos Puritanos com as Escrituras

As Escrituras são a peça central do pensamento e da vida dos puritanos. O puritanismo foi, acima de tudo, um movimento bíblico. Para o puritano, a Bíblia era, o bem mais precioso que há neste mundo. Sua profunda convicção era que a reverência para com Deus implicava em reverência para com as Escrituras, e servir a Deus significava obedecer às Escrituras. Para ele, portanto, não haveria maior insulto ao Criador que negligenciar Sua Palavra escrita: e, de maneira contrária, não poderia haver ato de homenagem mais genuíno para com Deus que valorizá-la e atentar para o que ela diz, e assim viver e repassar seus ensinamentos. A intensa veneração das Escrituras, como Palavra viva do Deus vivo e uma dedicada solicitude quanto a conhecer e fazer tudo que ela prescreve, constituída marca registrada do puritanismo.Para os puritanos, a Bíblia era suprema em tudo, inclusive na prática do aconselhamento. E a base bíblica para o aconselhamento puritano repousava sobre a doutrina da inspiração divina. Desta forma, os puritanos se recusavam a introduzir teorias psicológicas estranhas em sua interpretação do texto. A Bíblia era vista como fonte de toda direção, instrução, consolo, exortação e encorajamento divinos. O resultado disso foi um método de aconselhamento centrado nas Escrituras, em lugar de uma teoria carregada. Para os teólogos puritanos a autoridade das Escrituras era exaustiva, estendendo-se por toda área da fé e da prática, incluindo tudo o que é necessário para a vida e a piedade, criam que toda necessidade psicológica concebível poderia ser satisfeita e todo problema psicológico imaginável poderia ser revolvido por uma aplicação direta de verdade bíblica. A pregação puritana era primordialmente expositiva, pois entendiam que o sermão servia como meio de aconselhar, de forma coletiva, edificando o corpo dos cristãos ali reunidos. Pela perspectiva puritana, se os santos não eram edificados, então a Palavra não foi pregada, portanto, para atingir esse propósito cada sermão foi dividido em duas partes principais: doutrina e prática. O resultado era que a pregação se tornava tanto profundamente teológica quanto intensamente prática.




Pr. Carlos

Baseado no texto de Ken L. Sarles

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