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sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Aconselhamento Bíblico não é simplista demais?


Se quando se fala de simplista refere-se à sofisticação da Psicologia ou da Psiquiatria, com seus termos e métodos complexos, então, sim, ele é mais simples. Mas isso não significa que ele é simplista. Uma linguagem simples não significa, necessariamente, um pensamento simples, e da mesma forma uma linguagem complexa não indica profundidade de pensamento. O aconselhamento biblico, na sua essência, é simples porque procura respostas para os problemas do pecado nas Escrituras, tendo em vista que em nenhum outro lugar há remédio, para uma cura tão urgentemente necessária. Mas isso não significa que o conselheiro bíblico encara as dificuldades da vida como sendo pequenas, elas de fato são enormes – mas não são impossíveis de se entender e capazes de impulsionar o crescimento. A Palavra de Deus possui as verdades simples e ao mesmo tempo profundas que transformam as pessoas em verdadeiras imagens de Jesus Cristo. Aqueles que assim entendem e crêem na suficiência das Escrituras, terão este fundamento como padrão. Pedro nos diz: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo (por intermédio das Escrituras) daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” 2 Pe 1.3. O aconselhamento bíblico fornece a única base segura e superior para ajudar pessoas, e por isso, não pode ser chamado de simplista. Chamar o aconselhamento bíblico de simplista é dizer que o próprio Deus tem um caráter simplista. Muito pelo contrário, o conselheiro bíblico é aquele que vai até as profundezas da alma de uma pessoa – em todos os sentidos. Somente o homem que possui as ferramentas de Deus (Sua Palavra e Espírito), pode ir até as profundezas do coração humano. O fato de o Conselheiro Bíblico estar mais comprometido com Deus e com as Escrituras, mais do que com o aconselhado já é uma base segura para a resolução de problemas.

Pr. Carlos

4 comentários:

  1. Pr. Carlos Mendes,

    Há quanto tempo está envolvido com o mestrado de Aconselhamento no Andrew Jumper? Estou a procura de indivíduos, grupos, igrejas, escolas e organizações comprometidos com a Suficiência das Escrituras.

    Pelo seu texto, entendo que você se encaixa!

    Onde você acha que a Ireja Brasileira se encontra na discussão sobre aconselhamento?

    Vamos nos falando...

    Abraço,

    Alexandre Mendes (primo?)
    (sachamendes@hotmail.com)

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  2. Oi Alexandre, tudo bem?

    Estou no terceiro ano de mestrado no jumper e também tenho procurado pessoas que sejam comprometidos com a teologia reformada. Sinto-me um pouco só, pois a visão de aconselhamento bíblico não é compartilhada e nem aceita pela maioria dos pastores, inclusive meus amigos. Com relação à igreja brasileira, vejo que hoje temos uma corrente de pensamento dominante: a sintética que integra a psicologia ao aconselhamento bíblico, colocando as Escrituras e as teorias da Psicologia no mesmo pé de igualdade. Para este grupo, mesmo que eles digam que crêem na suficiencia das Escrituras, a prática diz outra coisa, pois crêem que as Escrituras são suficientes apenas para a "vida religiosa" das pessoas, ou seja, têm uma visão ditocomista da vida cristã. Não usam as Escrituras como óculos através dos quais toda a realidade deve ser vivida, o que é uma pena, pois ao afirmarem isto, demonstram que de fato não crêem na suficiencia das Escrituras. Abraços!!

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  3. olá Pr. Carlos
    que bom encontra-lo
    estou fazendo pós graduação em aconselhamento e psicologia pastoral pela EST.
    me interesso muito por assuntos com este -aconselhamento-
    creio firmemente que igreja foi comissionada por Cristo para curar, ou seja, ser uma comunidade terapeutica
    porem, a maioria não pensa assim, todos querem uma igreja cheia, mas não se importam com suas dores, o que voce acha dist?

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  4. Fico feliz por seu interesse. Creio, realmente, que a igreja visa levar luz às pessoas e aos seus problemas, mas até dentro da própria liderança encontramos dificuldades em se aceitar esse pensamento. Muitos dizem isso, mas na prática não fazem. Estou a sua disposição para troca de idéias sobre este assunto.

    Abraços

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