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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O QUE HÁ DE ESPECIAL NO DOMINGO? - PARTE III

Como falei no último artigo o princípio norteador da guarda sábado judaico é o mesmo da guarda do domingo cristão. Algumas pessoas gastam muito tempo argumentando sobre a prática – o “como” – de modo que perdem de vista o princípio – o “porquê”. O princípio é que Deus criou o sétimo dia e, posteriormente, deu mandamentos a seu respeito. Há quatro palavras que resumem o propósito de Deus: descanso, recordação, adoração e esperança. E temos que conservá-las em equilíbrio. Hoje gostaria de falar sobre dois destes quatro princípios:


1 – Descanso.

O domingo é um dia para descanso, para revigorar o corpo. Deus sabe que não podemos continuar trabalhando sem um descanso semanal. Assim como Ele criou a noite para o descanso do dia, Ele criou o domingo para o descanso da semana. Em Êxodo 23.12, onde a lei a respeito do sábado foi proferida novamente, três palavras são utilizadas. Os patrões receberam a ordem “Descansarás”; esta é uma forma verbal que no hebraico tem a mesma raiz da palavra traduzida por sábado; significa parar de trabalhar. A respeito dos animais foi dito: “Para que descanse o teu boi e o teu jumento”; o vocábulo descanse significa deitar-se e ficar quieto – o sábado era um dia de pastagem. Porém a palavra mais forte de todas estava reservada para os empregados e os forasteiros que deveriam “tomar alento”; o vocábulo hebraico aqui traduzido significa tomar fôlego, ser recriado ou rejuvenescido. Portanto, descanso é um dos propósitos do domingo.

2 – Recordação

O sétimo dia não era apenas um dia de descanso, mas era um dia para servir de lembrete, para auxiliar a memória. Em Êxodo 31.17, Deus afirmou que o sétimo dia seria um sinal entre Ele mesmo e os israelitas, porque, “em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra.” Esse dia especial permaneceria recordando-lhes o seu Criador. Também deveria lembrar-lhes de algo mais. Em Dt 5.15, Deus recorda aos israelitas que eles haviam sido escravos no Egito e que Ele os havia libertado. Essa recordação serviria de incentivo para os israelitas terem cuidado por seus servos no sétimo dia; mas também lhes recordava que Deus era seu Redentor e seu Criador.

Pr. Carlos
 
Baseado no livro O que existe de Especial no domingo? de Brian Edwards

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O QUE HÁ DE ESPECIAL NO DOMINGO? PARTE II


No primeiro estudo trabalhamos um princípio básico com respeito ao Domingo: Deus determinou um padrão de seis dias de trabalho e um de descanso, chegamos a esta conclusão fazendo uma análise do texto de Gn 2.2. Mas na verdade, depois do pecado não sabemos quantas pessoas seguiram esse padrão divino de seis dias de trabalho e um de descanso, mas sabemos que na época de Noé, todo o mundo parecia ter voltado as costas ao plano especial de Deus para a humanidade. Os anos se passaram e chegamos à época dos dez mandamentos e Deus volta a reafirmar: “Lembra-te do dia de sábado” (Ex 20:8). Isto significa que o sábado era algo sobre o que eles já tinham conhecimento. Em Êxodo 16, quando Deus enviou o maná para os israelitas comerem no deserto, Ele instruiu-lhes que no sexto dia recolhessem o bastante para o sétimo dia. Portanto, a guarda do sábado começou como um dom de Deus na Criação, mas tornou-se um mandamento divino. O quarto mandamento é abordado por Cristo com muita clareza em Mc 2.27: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” O que Jesus quis dizer? Que o sétimo dia tinha um valor especial para a humanidade. Foi criado para auxiliar o homem; e nós o utilizamos da melhor maneira, quando descobrimos por que o Senhor o criou no princípio. Mas há algo importante para esclarecermos antes de dar continuidade à importância do domingo. Os judeus consideravam o sábado, o último dia da semana, como o dia de descanso, mas nós, cristãos tomamos o primeiro dia da semana, o domingo, como o dia especial. Então, será que não devíamos fazer como os adventistas que guardam o sábado? Com certeza não, as Escrituras são claras com relação a isto, elas nos esclarecem que os crentes do primeiro século escolheram o primeiro dia da semana como seu dia especial, quando se reuniam para adoração a Deus. Encontramos isso em 1 Co 16.2, At 20.7, aproximadamente meio século depois, o apóstolo João referiu-se ao domingo como o “dia do Senhor” (Ap 1:10), dando a entender que seus leitores sabiam do que ele estava falando. Os apóstolos, pela autoridade conferida por Deus, mudaram o dia porque o domingo foi o dia em que Cristo ressuscitou dos mortos, o dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre a igreja, e o dia em que Cristo apareceu aos seus seguidores. Os adventistas afirmam que a primeira legislação oficial sobre o domingo surgiu com Constantino em substituição ao dia do Sol, e isto é verdade, mas bem antes disso os cristãos já guardavam o domingo. Os pais da igreja já escreviam a este respeito. Em 155 d.c., Justino Mártir, descreveu em detalhes um culto cristão dominical e fez uma análise bíblico teológica a respeito da mudança do dia de descanso do sábado para o domingo. Os cristão primitivos entendiam que havia diferenças entre o sábado judaico e o domingo cristão, assim como havia diferenças entre a circuncisão e o batismo, a páscoa e a ceia do Senhor, apesar de o princípio norteador ser o mesmo. Melito, bispo de Sardes em 165 d.c, Tertuliano e Orígenes, pais da igreja, todos eles falaram sobre o Dia do Senhor como sendo o domingo. Portanto, o que devemos entender hoje é que a partir de Cristo o dia de descanso torna-se o domingo (o primeiro dia da semana) e não mais o sábado (o sétimo dia da semana). Nos próximo estudos falaremos sobre, na prática, como deve ser a guarda do domingo, e quais os princípios norteadores desta guarda.



Pr. Carlos

Baseado no livro O que existe de Especial no Domingo? – Brian Edwards

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ASSOCIAÇÃO DE CONSELHEIROS BÍBLICOS - CONFERÊNCIA ANUAL


A REVOLUÇÃO DO EVANGELHO - REDESCOBRINDO O PODER DA CRUZ

Uma experiência concebida tanto para os jovens e idosos da nossa cultura. A Revolução do Evangelho: Redescobrindo o Poder da Cruz, vai ensinar uma nova geração de cristãos como aplicar eficazmente o Evangelho da Cruz para os problemas reais da vida cotidiana.

LOCAL

Christ Chapel Bible Church


3740 Birchman Avenue

Fort Worth TX 76107 USA



PRELETORES:
 
Tullian Tchividjian (Senior Pastor, Coral Ridge Presbyterian Church)
 
William Graham Tullian Tchividjian é natural da Flórida, um neto de Billy e Ruth Graham, e em maio de 2009 foi o recém-instalado Pastor da Igreja Presbiteriana Coral Ridge em Ft.. Lauderdale, FL. Tullian foi o pastor fundador da New City Church que se fundiu com a Coral Ridge em abril de 2009. Tullian é professor visitante de Teologia no Seminário Teológico Reformado e tem uma pós-graduação do Columbia International University (filosofia) e do Reformed Theological Seminary, em Orlando. Pastor Tullian é o autor de A Primer on the Christian Life (Banner of Truth), Do I Know God? Finding Certainty in Life’s Most Important Relationship (Multnomah), and most recently, Unfashionable (Multnomah). Tullian fala em conferências por todo os E.U.A e seus sermões são transmitidos diariamente no programa de rádio "Godward Living." Quando ele não está lendo, estudando, pregando, ou escrevendo, ele gosta de estar com as pessoas e relaxar com sua esposa Kim e seus três filhos Gabe, Nate, e Genna.

Paul Tripp (Paul Tripp Ministérios)

Paul Tripp é o presidente do Paul Tripp Ministries, uma organização sem fins lucrativos, cuja missão é "Conectando o poder transformador de Jesus Cristo para a vida cotidiana." Ele é um comunicador talentoso que tem mais de 16 anos de ministério pastoral, está na equipe pastoral da Décima Igreja Presbiteriana da Filadélfia, Pensilvânia, é professor adjunto no Seminário Teológico Westminster em Filadélfia, Pensilvânia, é professor visitante na Southern Baptist Theological Seminary, em Louisville, Kentucky, leciona Christian Counseling and Educational Foundation in Glenside, Pensilvânia, e foi o fundador de uma escola cristã, é  um conselheiro por 26 anos. Paul é o autor de vários livros sobre questões práticas da vida cristã, Redeemer's Hands, War of Words: Getting to the Heart of Our Communication Struggles, Age of Opportunity: A Biblical Guide to Parenting Teens, Lost in the Middle: Midlife and the Grace of God, How People Change, and Relationships: A Mess Worth Making. Paul é um dos conferencistas mais procurado nacionais e internacionais. Ele está casado por 36 anos e tem quatro filhos crescidos.
 
Steve Viars (Faith Baptist Church / NANC)
 
Pastor Steve Viars e sua esposa, Kris, estiveram na equipe desde 1987. Em 1996 a sua igreja o elegeu por unanimidade como o novo pastor sênior do ministério. Viars é pastor de ensino, entusiasmado pela Palavra de Deus. Ele supervisiona os funcionários, os diáconos, e todos os ministérios. Steve B.S. possui graduação em Bíblia do Baptist Bible College, um M. Div. do Grace Theological Seminary e um D. Min. from Westminster Theological Seminary.
 






Eric Johnson (Sociedade para a Psicologia Cristã / AACC)
 
Antes de ir para o sul, o Dr. Johnson ministrou cursos em psicologia, teologia e cosmovisão cristã na Northwestern College, em Minnesota por nove anos. Ele contribuiu com inúmeros artigos no campo da psicologia cristã defendendo a necessidade de teologia em aconselhamento e pesquisa psicológica.
Ele é editor associado do Journal of Psychology and Theology, e em 1998 foi editor de uma edição especial do Journal of Psychology and Christianity, intitulada "Psicologia na tradição cristã". Ele também é autor de artigos para a Enciclopédia Baker de Psicologia e Orientação  e contribuiu para dois livros: Christianity and Psychology: Four Views and God Under Fire: Modern Scholarship Reinvents God.


Bob Kellemen (RPM Ministérios)

Por mais de um quarto de século, o Dr. Bob Kellemen examinou as Escrituras e a história da Igreja para desenvolver uma abordagem global para cuidar da alma, através de uma direção espiritual, formação espiritual, aconselhamento bíblico e discipulado. Sua paixão é equipar as pessoas a mudar de vida com a verdade imutável de Cristo. Nos últimos doze anos, Bob tem servido como o presidente do  Christian Counseling and Discipleship Department at Capital Bible Seminary in Lanham, MD. Bob também trabalha como consultor para o 50.000-membro da Associação Americana de Conselheiros Cristãos (AACC). Ele é o co-diretor do aconselhamento bíblico da AACC e Formação Espiritual Network (BCSFN). Nessa função, ele edita o Boletim BCSFN Transformação e BCSFN Formatio E-News. Bob também escreve uma coluna trimestral (Soul Physicians) em AACC's Christian Counseling Connection Newsletter e ele escreve uma coluna trimestral (Verdade e Vida) na revista cristã, a AACC's Counseling Today. Ele é o autor de of Soul Physician and Spiritual Friends. Bob vive em Indiana com sua esposo por 27 anos, Shirley. Eles têm dois filhos: Josh, que tem 23 anos, e Marie, tem 19. é o diretor do Serviço de Aconselhamento Bíblico e formação espiritual de rede, AACC.
 
Elyse Fitzpatrick (Mulheres Ajudando Mulheres Ministérios / NANC)
 
Elyse Fitzpatrick faz  o aconselhamento de mulheres desde 1989. Ela possui um certificado de aconselhamento bíblico de CCEF (San Diego) e um Mestrado em Aconselhamento Bíblico pelo Trinity Theological Seminary, e é membro da Associação Nacional de Aconselhamento nouthético. Elyse é autora de numerosos livros, incluindo: Women Helping Women"; "Love to Eat, Hate to Eat," "Overcoming Fear, Worry and Anxiety," "When Good Kids Make Bad Choices" (each from Harvest House Publishers); "Idols of the Heart," "The Afternoon of Life," and "A Steadfast Heart" from P & R Publishers; "Helper By Design" and "Will Medicine Stop the Pain?" from Moody Publishers; and "Uncommon Vessels" (Leader's Guide and Member's Manual) from Timeless Texts. Seu mais recente título, "porque Ele me ama: "Because He Loves Me: How Christ Transforms Our Daily Life" está disponível pela Crossway Book. Também disponível agora é "Comforts from the Cross: Daily Celebrations of the Gospel." É palestrante freqüente em conferências de mulheres, ela é casada por mais de trinta anos e tem três filhos e seis netos realmente adoráveis.
 
Mike emlet (CCEF)
 
Mike é um membro do corpo docente e supervisiona o programa de estagiários no CCEF. Ele é formado em Medicina pela Universidade da Pensilvânia e Mestre em Divindade pelo Seminário Teológico de Westminster. Ele trabalhou como  médico de família por doze anos antes de ingressar no CCEF. Mike é casado com Jody, e eles têm dois filhos. Ele está ativo em sua igreja urbana Áreas de interesse: problemas psiquiátricos (especialmente TOC).
 
 

Barry Keldie (Igreja da Providência / Acts 29 Network)

"Passei os primeiros dez anos da minha vida em Augusta, GA, como uma criança sozinha com uma mãe solteira. Meu pai nos abandonou quando o meu irmão de 6 anos de idade, foi atropelado por um carro e morto. Minha infância era centrada no sofrimento da minha mãe e ausência de meu pai. Minha mãe se casou novamente e mudou-me para o Texas, na época eu tinha 14 anos e  eu tive uma dor forte  que foi o suficiente para saber que podia haver um Deus, mas certamente ele não gostava de mim. Mas, um mês antes de eu completar 15 eu conheci Jesus. Ele alterou radicalmente o sentido da minha vida e me deu uma alegria que eu pensava era apenas fantasia. Quando eu tinha 17 anos já pregava centenas de vezes por ano, um ritmo que continuou ao longo dos próximos 13 anos. Mais tarde, eu recebi uma bolsa para estudar na Criswell College, onde recebi meu Bacharelado. Eu conheci e me casei com o amor da minha vida Charity. Nos juntamos ao pessoal da igreja da vila em Highland Village, TX onde servi na equipe de funcionários por 3 anos até que fomos enviados para Frisco para iniciar a Igreja da Providência, em 2005. Hoje temos dois filhos lindos, William Daniel II, que é de 2 ½ (em homenagem a meu irmão) e Layla Joy, que tem o nome de um hit de Eric Clapton (quase tão bom como um nome bíblico). Jesus nos salvou por uma razão e estamos nos esforçando para viver isso todo dia. Nosso sonho é viver, como uma família, uma vida significativa, que reflete o  reino. Queremos que Jesus para faça muito mais através de nosso casamento, dos nossos pais, da nossa alegria e da nossa vida."
 
Elliott Greene (Redentor Seminário / Tyrannus Hall)
 
Em resumo, Elliott Greene tem uma mente acadêmica e um coração de pastor. Ele é um pastor de 26 anos e ensina línguas bíblicas e exegese por 15 anos. Ele é atualmente professor de línguas bíblicas e exegese no Redeemer Seminary in Dallas e serve como pastor auxiliar na New St. Peter’s Presbyterian Church. É casado com Ofélia, sua mulher e tem três filhos: Richard II (26), Randall (23) e Ryan (16).
 



Jeremy Lelek (Presidente da Associação de Conselheiros Bíblicos)
 
Dedicado à idéia de que a Bíblia é suficiente e "mais afiada do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4:12), Jeremy dedicou sua vida a conceituação da eficácia das Escrituras como o único meio de cuidado verdadeiro da  alma. Apontando para os outros as verdades eternas de Deus, o redentor da humanidade, Jeremy está apaixonado pela mensagem de mudança, de transformação, de esperança, segurança, humildade, amor, bondade, confiança e adoração oferecidos na mensagem imutável do Evangelho de Jesus Cristo. Jeremy serve como presidente da Associação dos Conselheiros bíblicos. (www.christiancounseling.com). Ele também é responsável pela criação de muitos dos recursos oferecidos pela ABC. Jeremy oferece treinamento e palestras sobre o casamento e outras questões de assistência para conferências, igrejas, seminários, universidades e organizações de todo o país. Jeremy é também um professor adjunto Redeemer Seminary. Jeremy Lelek é um Conselheiro profissional licenciado no estado do Texas. Ele ganhou um grau de Master of Arts em Aconselhamento pela Amberton University e bacharel em Psicologia pela Universidade de Liberty. Ele é também um Ph.D. Candidato na Regent University, onde ele está ganhando um grau avançado de doutoramento em Aconselhamento, Educação e Supervisão. Ele atualmente serve como presidente de um ministério de aconselhamento vigoroso em Bedford, TX, Aconselhamento Metroplex (www.metroplexcounseling.com). Jeremy é casado com a sua bela esposa Lynne, e eles têm três filhos (dois filhos e uma filha).

TABELA DE PREÇOS

Member: $150.00


Non-Member: $175.00

Student Member: $75.00

Student Non-Member: $100.00

Group Rate 20+: $100.00

Pre-Conference: Equipped to Counsel: $75.00

Symposium Only (Included with Conference): $50.00

Exhibitor (Includes 2 Conference Tickets): $450.00

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O QUE HÁ DE ESPECIAL NO DOMINGO? - PARTE I

Em minha rotina de aconselhamentos tenho me deparado com muitas pessoas ansiosas, cansadas, estressadas, deprimidas, enfim, que sempre estão reclamando que não têm tempo para descansar, para estar com a família, para ir à igreja. E cada vez mais, tenho chegado à conclusão que tudo isso se deve à desobediência de um dos mandamentos de Deus, a importância do Domingo. A Confissão de Fé de Westminster sabiamente diz “Deus designou um dia em sete para ser um sábado ( = descanso) santificado por ele; desde o princípio do mundo, até à ressurreição de Cristo, este dia foi o último da semana; e desde a ressurreição de Cristo, foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado dia do Senhor (= domingo), e que há de continuar até ao fim do mundo como o sábado cristão.” Historicamente, a igreja cristã sempre teve um zelo especial pelo domingo a ponto de influenciar todo o mundo, e infelizmente este zelo tem sido cada vez mais deixado de lado, a ponto de o domingo está se tornando mais um dia como todos os outros da semana. Mas como deve ser a postura do cristão neste dia? O que fazer? O que não fazer? Procuraremos mostrar através de um conjunto de estudos a importância de se fazer do domingo um dia especial e qual a prescrição bíblica para ele. Em nossa sociedade moderna, parece um pouco antiguado levantar esta bandeira, inclusive entre os crentes, mas para respondermos a pergunta do título desse texto é preciso analisar o texto de Gênesis 2, ali é afirmado que Deus gastou seis dias para criar todas as coisas. Porque Deus fez em seis dias, sendo que ele podia fazer instântaneamente? Porque Deus queria estabelecer um padrão de seis dias de trabalho e um de descanso, Gn 2.2 afirma “Havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra.” Será que Deus se cansou? Certamente não, a palavra descanso quer dizer que ele parou a sua obra de criação, mas o texto ainda afirma “abençoou Deus o dia sétimo e o santificou”, a palavra santificar significa separar. Sendo assim, o padrão de uma semana de sete dias faz parte do plano divino de criação. Deus criou o seguinte padrão, seis dias de trabalho e um separado para o descanso. Não nos esqueçamos que este padrão foi determinado antes do pecado, em outras palavras, se aquele era o melhor plano antes da queda, quanto mais necessário é agora! Gostaria, então, de enfatizar a primeira verdade a respeito deste assunto: Deus estabeleceu um padrão; seis dias de atividade criativa e um dia de descanso. Por hoje é só. (Continua...)


Pr. Carlos

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ACONSELHANDO PESSOAS ENVOLVIDAS COM A PORNOGRAFIA - FINAL

As Escrituras nos apresentam a verdadeira vocação e finalidade do sexo na vida da sociedade. A Bíblia não ignora a sexualidade, pelo contrário, o incentiva, é claro que dentro dos parâmetros estabelecidos por Deus. No entanto, o coração do homem pecador sempre procura distorcer a verdade de Deus, e neste sentido a pornografia apresenta uma distorção da sexualidade dada por Deus para usufruto do homem.

É urgente que a igreja evangélica brasileira mostre ao mundo os malefícios que a pornografia tem trazido para a vida de famílias inteiras. Todavia, não adianta fazer uma cruzada vitoriana no sentido de varrer do mundo todos os sites, filmes e revistas pornográficos. É necessário apresentar com coerência e fervor a cosmovisão cristã a respeito da sexualidade, gerando assim uma mudança de mentalidade pela qual as pessoas deixem de ver a pornografia como algo estimulante, divertido e sensual e passem a encará-la como danosa, ridícula e alienante. É preciso desacreditar a pornografia.

A igreja evangélica não pode se esquecer de acolher, amar e aconselhar rumo a uma mudança de postura, aqueles que estão envolvidos com a pornografia e que se sentem devorados por ela a ponto de não conseguirem sozinhos vencê-la. As Escrituras Sagradas têm uma resposta para isto, e por meio delas é possível reverter a situação de alguém “viciado” em pornografia. É necessário o desenvolvimento de uma estrutura de aconselhamento redentivo a fim de alcançar o coração daqueles que se encontram compelidos pela pornografia. A igreja precisa se apoderar das verdades bíblicas e aplicá-las na ajuda a essas pessoas.

Portanto, o conselheiro precisa de um modelo de aconselhamento que envolva todos os aspectos do problema, não apenas o comportamento.

Pr. Carlos

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ACONSELHANDO PESSOAS ENVOLVIDAS COM A PORNOGRAFIA - PARTE VIII

 Aconselhamento Aplicado

Em quarto lugar, é necessário propor um modelo de aconselhamento redentivo. O Wadislau C. Gomes traz o seguinte esquema:


a) Habitação: é necessário saber onde a fé da pessoa está habitando, pois este elemente é importante para a avaliação de sua identidade. É o que o indivíduo espera da vida, é o que dá sentido para a vida da pessoa. Para se descobri isso algumas perguntas se fazem necessárias: No seu entender, o que faz a vida funcionar? O que é importante? O que você crê que precisa ter para que a sua vida seja bem sucedida? Neste primeiro momento, quer se chegar às questões e aos ídolos do coração. Sobre a habitação o Rev Wadislau afirma: "Habitação, portanto, é o encontro do homem (fé intuitiva, incutida pela graça comum de Deus) com o conhecimento de Deus, sua Pessoa e se propósito e com o conhecimento de sua obra, isto é, da criação e da criatura humana (fé discursiva, relacional). Nesse aspecto, a habitação é tácita, inicialmente formada sem palavras e, então, verbalizadas como proposições de uma biocosmovisão." (Gomes, 2004, pág. 112). Com relação à pornografia, em geral as pessoas envolvidas por ela desejam segurança, não investir demais em um relacionamento, não correr riscos. E a pornografia vai na verdade gerar um alívio instantâneo e temporário. Se o conselheiro concentrar-se, por exemplo, apenas no apecto da masturbação na vida do aconselhado, ele corre o risco de trabalhar apenas no nível do comportamento e não do coração da pessoa. É preciso lidar com os desejos de relacionamento e os desejos que dão sentido à vida. Quando se fala dos desejos que dão sentido à vida, um estudo em 1 Tm 4.7 “exercita-te pessoalmente na iedadade” é bastante útil. É importante ajudar a pessoa a se exercitar em ser uma cristã piedosa, a confiar que Deus está cuidando, e sustentando-a. Portanto, a pessoa deve ser levada a entender que ela tem que “correr riscos” em todas as áreas de sua vida – trabalho, relacionamento, etc.

b) Imaginação: A imaginação consiste no lugar para onde a esperança se movimenta, consiste, na verdade, a utilização da mente para uma atividade criativa. "Outra palavra traduzida para imaginação em algumas versões da Bíblia traz o sentido de murmurar, planejar, unir-se em conluio, ruminar, vislumbre e insight (hb. Hagah). É o termo usado no Salmo 1.2 como imaginação. Na citação deste último, em Atos 4.25, a palavra grega é meteleo, significando presumir, revolver na mente, imaginar. Em provérbios 23.7, em que é dito que como o homem imagina no seu coração, assim ele é, a palavra usada significa dividir, discernir, abrir e, figuradamente, pensar avaliar, estimular (hb sha´ar). O conceito geral é de um processo criativo do conhecimento no sentido de formação e planejamento, intenção (hb. Yetzer, Gn 6.5;8.21), pensamento elaborado (hb, nachshebeth, Pv. 6.18), ou arrazoar (gr.dialogismos e logismos, Rm 1.21 e 1 Co 10.5), ou mente (gr. dianoia, Lc 2.51)." (Gomes, 2004, pág. 116,117). Para pessoas envolvidas com pornografia a imaginação é uma das áreas mais afetadas, pois como o homem foi criado receptivamente criativo e ativamente redentivo, e a pornografia trabalha com imagens, ele está sempre usado de seus recursos criativos para satisfazer a habitação da sua fé (neste caso, fé em um ídolo e não em Deus). David Powlison chama a pornografia de dragão que está sempre faminto e lutando para ser alimentado por imagens e flashes. O pornografo desenvolve aventuras sexuais mentais para satisfazer a sua imaginação. Pode-se dizer que, há uma retroalimentação. A pessoa habita sua fé em um ídolo (o sexo, o relacionamento utilitário, a satisfação instantânea), e então imagina, planeja modos de satisfazer este ídolo. A partir desta perspectiva, a esperança, que inclui os modos formais para a solução de problemas, passa a ser planejada e imaginada a partir de uma fé baseada no ídolo qua habita no coração da pessoa. No tocante à imaginação, como a pornografia trata do uso de imagens como estratégia de resolução de problemas, é útil que haja uma contraposição com a imagem do Cristo crucificado. Deus nunca planejou que o sexo existisse como algo isolado. Há sempre um contexto de relacionamento ligado a ele. Neste sentido, no aconselhamento para se ter com mais precisão em que o aconselhado tem depositado suas esperanças algumas perguntas são úteis: O que ele mais anseia? O que ele espera de um relacionamento? Se ele quer se aproximar de alguém, ou se quer se manter distante? Quer estar seguro ou está disposto a correr riscos? Quer se envolver na vida da outra pessoas? Em fim, que tipos de relacionamentos ele deseja? Aqui é importante estudar Filipenses 2.3-4: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” Pessoas envolvidas com pornografia, em geral, querem se manter seguras, não querem se aproximar demasiadamente dos outros, pois estão preocupadas com a sua própria proteção. É importante ajudá-los a se envolver na vida de outras pessoas: família, amigos, sua igreja. Como se abrir para essas pessoas. Que riscos iria correr ao revelar coisas de si próprio a amigos cristãos que pudessem ajudá-lo a suportar esse fardo, orar com ele, encorajá e confrontá-lo. Esse é um risco necessário, o que significa ser um pouco mais honesto com o que está acontecendo.

c) Operação: A operação vai consistir, na verdade, nas atitudes expressadas pelos desejos do coração. "A Bíblia usa o termo operação para denotar “trabalho”, “realização”, “desempenho”, e “ato interior”, “poder para uma ação externa” “planejamento”, etc. Por exemplo como usado por Tiago no verso: “Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela perseverada, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante (gr. poietes, autor, produtor, feitor; e gr. ergo, trabalho, obra), esse será bem-aventurado no que realizar” (Tg 1.25); e no verso: “Vês como a fé operava (gr. ergon) juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou” (Tg2.22). Ou como usado por Paulo: “Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam (gr. energeo, ser ativo e enérgico, afetar) em nossos membros a fim de frutificarem para a morte” (Rm7.5)." (Gomes, 2004, pág. 134). A operação é a maneira como a pessoa expressa a sua fé por meio de atitudes, de atos. No entanto, ela não começa no ato, Jesus diz: “Qualquer que olhar para uma mulher com intensão impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28), aqui se vê um ato da operação do coração, antes da ação externa, do comportamento. Em Mateus 6.19-21 afirma: “(...) porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Desta forma, a operação não se trata necessariamente de uma ação, pois ela também é refletida nas emoções. A pessoa envolvida com pornografia é dirigida por uma fé em coisas temporais (habitação), e consequentemente limita e distorce seu conhecimento da realidade e, por fim, tem sua esperança frustrada, sendo a sua vontade operada por essa dinâmica. Operação tem a ver com amor. Amor é a afeição que se expressa na vontade que, finalmente, é efetivada nos atos do corpo (Gomes, 2004). A grande questão é que quando Deus é posto de lado, a fé e a esperança são postas de lado, elas são depositadas em ídolos, e a pessoa passa a ter atitudes e emoções (operação) voltadas para dentro – que é exatamente o inverso do amor.  Os atos humanos são, então, operados pela afeição do amor do seguinte modo: 1) têm origem na fé e habitam no conhecimento, 2) essa experiência gera esperança, que move a imaginação, 3 )esta aciona o amor que opera os atos do corpo. Mas a operação correta só pode existir quando a imaginação sobre quem a pessoa é derivar da esperança de que ela não está só, e esta esperança provém da habitação no Deus verdadeiro que é, por meio da fé, no que Ele diz que é (Wadislau, 2004). Acontece que uma fé em ídolos só produz obras mortas. A pornografia expressa o contrário do amor, expressa um ato de amor por si próprio, pois a vontade é um ato de amor, a sua vontade irá expressar o que ele ama. Na ponta do iceberg do problema estará um comportamento e sentimentos que objetivam a busca pelo prazer. Este constitui o objeto da lascívia, conforme afirma John F. Bettler (Bettler, 2005). Seja lá o que este objeto for ele é despersonalizado na mente da pessoa, e torna-se um simples artigo de uso. Na pornografia o sexo não é praticado com uma pessoa, mas com algo que não passa de um mero objeto. Como já foi dito, uma pessoa envolvida na pornografia não vê o seu parceiro como uma pessoa, e, sim, como um trampolim na busca pelo prazer sexual, este deve ser o ponta pé inicial do aconselhamento, saber qual é o objeto de desejo da pessoa. A este nível o conselho deve ser 2 Tm 2.22 “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.” Neste primeiro nível o conselheiro deve simplesmente ajudar o aconselhado a fugir do caminho da tentação. As atitudes e os sentimentos não podem continuar sendo alimentados. É necessário que se corte a comida do dragão. É importante que o aconselhado tenha alguém para quem prestar contas sobre seu comportamento, que ele coloque filtros na internet, ou instale um programa que gera um relatório sobre todos os sites acessados e envie para alguém de sua confiança, que ele pare de ver revistas pornograficas e até evite olhar a seção de revistas pornográficas nas bancas de revistas. Com certeza existem outros modelos de aconselhamento muito bons, mas é necessário um modelo que lide com todos os aspectos do problema, que trabalhe, antes de tudo o coração e também o comportamento, pois caso, o aconselhamento se resuma a lidar com os comportamentos exteriores terá pouco sucesso. É necessário que se descubra quais são os desejos de relacionamentos que dão sentido à vida daquela pessoa e, a partir daí, desenvolver uma estratégia bíblicas para lidar com todos eles.

Pr Carlos

CITAÇÕES

1 - GOMES, Wadislau Martins. Aconselhamento Redentivo. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.