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terça-feira, 6 de abril de 2010

OS PURITANOS E A COMPREENSÃO DO HOMEM

A consciência exercia um papel-chave no aconselhamento puritano. A consciência é a faculdade da alma, ligada ao julgamento moral, que lida com as questões de certo ou errado. Para um puritano a consciência é o juízo que o homem faz de si mesmo, de acordo com o juízo que Deus faz dele. A consciência funciona como nosso sistema nervoso espiritual – a dor da culpa informa à compreensão de que algo está errado e carece de correção. Para os puritanos, a culpa negligenciada significava destruição certa. A consciência funciona como um tribunal divino dentro da alma humana, no qual ela serviu de testemunha, promotora, juíza e executora da pena. A autoridade da consciência não pode ser completamente ignorada, nem mesmo no não regenerado. A base para o funcionamento da consciência é a lei de Deus revelada nas Escrituras. A consciência não é, em si mesma, quem outorga a lei, mas sim quem a discerne e cobra obediência à lei de Deus. Uma consciência transviada opera por padrões que não os da Palavra de Deus, e em lugar de ser obedecida, deveria ser mais bem instruída. O crente puritano procurava sensibilizar sua consciência para com o pecado. Progressivamente, o grau de autocondenação tornou-se a medida de sua semelhança a Cristo. Portanto, piedade consistia na obtenção e manutenção da consciência limpa perante Deus, por meio de uma cuidadora e informada obediência à verdade bíblica. Sendo assim, os puritanos levavam o pecado extremamente a sério, pois ele deformava o que Deus havia criado.




Pr. Carlos

Adaptação do texto de Ken L. Sales

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