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sábado, 9 de janeiro de 2010

ACONSELHANDO PESSOAS ENVOLVIDAS COM A PORNOGRAFIA - PARTE IV

Uma Resposta Bíblica à Pornografia.


A pornografia como uma cosmovisão de mundo em que afirma que tudo é válido e se recusa a admitir distinção entre o certo e o errado, entre o que é moral e imoral. É definitivamente uma forma de pensar anti-bíblica. Ela não leva em consideração a existência de Deus e, portanto, se Deus não existe, não há absolutos morais. Quando olhamos para as Escrituras, vemos que elas se posicionam claramente contra o sexo antes do casamento e a favor da fidelidade no casamento; já a pornografia incentiva exatamente o contrário disso, pois para ela o casamento é irrelevante e a promiscuidade é incentivada. Não é natural do homem caido saber o que é certo e o que é errado. A Bíblia nos ensina isto, inclusive quanto a nossa sexualidade. Por exemplo, é claro nas páginas tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, que a heterossexualidade é o padrão para as relações sexuais e que, portanto, as relações homossexuais renegam o padrão divino para a sexualidade. É o que vemos nos seguintes textos: “Se também um homem se deitar como outro homelm, como se fosse mulher, ambos praticaram cousa abominável: serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.” Lv 20:13, “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nenum impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, “ 1 Co 6.9. Apesar de a cosmovisão pornográfica de mundo incentivar a prática homossexual, a cosmovisão bíblica afirma claramente que ela é proibida e contrária à vontade de Deus. Isto deixa claro que Deus estabelece limites para a nossa sexualidade, limites estes que não são levados em conta pela pornografia. Neste sentido Court faz a seguinte afirmação “O crescimento dos movimentos de libertação homossexual tem seguido paralelamente ao desenvolvimento da pornografia homossexual – por um lado, fornecendo material de estímulo erótico para os homossexuais e, por outro lado, servindo para induzir a opinião pública à aceitação total da prática homossexual. (Court, 1992, pág. 58). Desta forma, há uma discordância clara entre o que a pornografia oferece e promulga e o que as Escrituras definem como certo. Outras discordâncias se dão quanto ao pensamento em relação ao casamento. Veja os seguintes textos: “Por isso, deixará o homem a seu pai e sua mãe [e unir-se-á a sua mulher], e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que o homem ajuntou não o serpare o homem.” Mc 10.7-9. “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” 1 Co 11.3. “As mulheres sejam submissas a seu próprio marido, como ao Senhor, porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvdor do cropo. Como, porém, a Igreja está sujeita Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.” Ef 5:22-24. Sendo assim, as Escrituras deixam claro que o casamento é um compromisso exclusivo e vitalício, além de demonstrar para o mundo a relação entre a igreja e Cristo. A pornografia não leva nada disso em consideração, pois ela incentiva o sexo grupal, a bissexualidade. Há uma ênfase em encontros transitórios, sem compromisso, de forma que o conceito de um relacionamento de casamento se torna irrelevante. O Novo Testamento condena claramente a pornéia: ela é fruto da carne, procede do coração corrupto do homem, consiste em uma ameaça à pureza sexual e, portanto, devemos fugir dela. Paulo afirma: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é juto; tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Fp 4:8. Os cristãos são desafiados a manter as mentes livres das coisas corruptíveis, daquelas que desagradam a Deus e afrontam a sua santidade. Neste sentido devem evitar a pornografia, visto que ela traz uma mensagem que demonstra uma inversão total de tudo o que as Escrituras afirmam a respeito de um desenvolvimento sexual para a maturidade. A pornografia nega a necessidade de relações humanas íntimas e enfatiza sentimentos sensuais isolados, apela para aqueles cujo processo de amadurecimento foi interrompido. É um contrasenso o que ocorre nas locadoras que trazem um seção de “filmes adultos”, tendo em vista que estes tipos de filmes se voltam para um grupo de pessoas que exatamente não amadureceu nesta área ainda. A pornografia traz ainda um modelo de relacionamento baseado na humilhação e degradação do outro que é vista como formas de conseguir satisfação sexual. Court citando Holbrook, afirma “Os defensores da pornografia alegam que o que estão tentando corrigir são as inibições de nossos instintos devido às tradições púdicas – eles estão tentando nos libertar. Estão tentando, declaram, capacitar-nos para sermos mais cheios de vida e afetivos – para sermos mais “nós mesmos”, no campo sexual. Contudo, como Dizkhan, o que a pornografia consegue é o contrário. Nela, as imagens e palavras “usurpam” as funções naturais do instinto. Em vez de sentimentos naturais e amorosos, buscando “encontrar” outro ser humano, temos uma intensa mistura mental de constantes imagens brutais – como no cinema, onde o estupro e outros atos grosseiros de sadismo são agora frequentes. O efeito destas brutalidades mentais é “desrespeitar a pessoa e a natureza das personagens”. Podemos observar isto mesmo nas revistas “para moças”, nas quais a maneira excitante como a moça é tratada e sua exploração fotogrática como objeto destroem suas qualidades pessoais singulares. Esta é a objeção para o uso da nudez em anúncios, também. Isso transforma a mulher em artigo de consumo. Em toda pornografia ela é humilhada e submetida ao menosprezo como um mero objeto sexual. Em sua imagem, a própria humanidade é degradada, por estar destituída de valor e sujeita ao ódio, como o judeu ou o negro são humilhados na propaganda racista. Culpa e medo não são dissipados pela pornografia: ao contrário, ela nos incita a que nos deleitemos com a hostilidade em nossas atitudes com relação ao sexo, e tenhamos desprezo pela outra pessoa, principalmente a mulher. (Court, 1992, pág. 66,67). Entende-se que pornografia consiste em uma ameaça à humanidade. Ela desumaniza as pessoas, pois não leva em consideração o fato de que homem e mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus e que objetificá-los consiste em desconsiderar que devem refletir Deus em seus relacionamentos. A pornografia é hostil à dignidade conferida por Deus à humanidade. Ela é também hostil ao propósito de Deus para com a sexualidade. O propósito divino para a sexualidade visa à intimidade, à união, enquanto, a pornografia visa ao entretenimento, à exploração, a degradação. A pornografia nega a relação afetuosa, e intima, o que é contrário a proposta bíblica para a sexualidade. Em fim, pelo fato de a pornografia trazer uma cosmovisão de mundo que rejeita a humanidade das pessoas, tratando-as como objetos e um estímulo à luxúria pela ausência de uma relação amorosa, bem como uma rejeição aos padrões sexuais bíblicos e uma distorção da realidade, expondo idéias de uma falsa sexualidade, ela, então, contraria claramente os princípios bíblicos para a sexualidade , tornando-se, portanto, um conceito anti-cristão. A perspectiva bíblica a respeito da sexualidade afirma que só através do modelo de sexualidade dado por Deus é que podemos atingir um ao outro em amor. Pois é nesta união sexual que um casal pode expressar mutuamente ternura, intimidade e fidelidade permanente. A pornografia, é assim, uma traição dos valores bíblicos para a sexualidade, é, na verdade, uma forma de escravidão e não de liberdade, pois o que foi criado para ser pessoal está desumanisado. A pornografia mostra claramente uma visão da sexualidade totalmente contrária à estabelecida por Deus. Ela nega a dimensão pessoal e intima da sexualidade, que é exatamente o que Deus pretende pela dádiva do sexo; ela omite, também, a dimensão espiritual que define o sexo no casamento como algo sagrado e que não deve ser degradado. Portanto, todo cristão que genuínamente professa a fé cristã deve se posicionar contra a pornografia e defender uma liberdade sexual que vem da maturidade, do equilíbrio e de uma sexualidade com alicerces espirituais.

Pr Carlos

CITAÇÃO
COURT, John H. Court. Pornografia Uma resposta Cristã. Tradução: José Clóvis Chagas – São Paulo (SP): Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1992.

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